quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

EMPATIA

Queria te entender
Até o cerne
-mas não.
Queria sentir tua dor
-mas como?
Saberia te responder
Dar guarida
Cuidados
Se te soubesse do avesso?
Ou me enredaria
No teu novelo
De medos e tristezas
Antigas
Que me ofereces
Com olhos baços
E semblante triste?
Te miro
E entro no teu ritmo.
Meu peito fica opresso
Como se enorme pedra
Me prendesse ao solo,
Sem expectativa
De salvar-me.
Saio do teu ritmo,
Não preciso disto.
Águas abissais
Agonia, opressão...
Não.
Te ofereço, de fora,
Sim, de fora do poço,

Minha mão.
Foto de Heitor Augusto Mendes.

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